Apesar de mexer com os sentimentos dos torcedores de ambas as equipes envolvidas, não é tão raro ver um jogador defendendo clubes rivais ao longo de sua carreira.
A torcida de seu antigo time pode se sentir traída e a imagem do atleta com o clube pode ser irreversivelmente desgastada; enquanto os torcedores de sua nova equipe podem ter alguma desconfiança por já estarem acostumados à imagem do atleta com a camisa do rival. Não é uma situação fácil.
O que não faltam são exemplos de atletas que defenderam, por exemplo, os dois lados da dupla Fla x Flu. O atual elenco do Flamengo, por exemplo, tem três atletas revelados pelo Fluminense: o lateral Ayrton Lucas, o volante Gerson e o atacante Pedro.
Já no lado tricolor, um dos jogadores mais experientes do elenco foi revelado pelo rival rubro-negro: se trata do volante convertido em zagueiro Felipe Melo.
Relembre trajetória de “Pitbull” do Fluminense
Revelado pelo rival Flamengo, Felipe Melo disputou pouco mais de 70 partidas pelo clube, antes de se transferir para o Cruzeiro. No clube mineiro, fez parte da equipe histórica que conquistou a Tríplice Coroa em 2003. Já no Grêmio, o volante acumulou polêmicas e não foi de grande ajuda para o clube, que seria rebaixado ao fim de 2004.
O Pitbull então fez as malas e deu o primeiro passo de sua carreira no futebol europeu ao se transferir para o Mallorca, da Espanha, clube pelo qual mal atuou. Ele seria emprestado a outros clubes espanhóis antes de partir para o futebol italiano.
Em 2008, Felipe Melo foi anunciado pela Fiorentina, clube que defendeu por uma temporada, e depois se transferiria para a gigante Juventus, equipe que defenderia entre 2009 e 2011.
Ainda no futebol europeu, o Pitbull ainda vestiria a camisa do tradicional Galatasaray, da Turquia, e retornaria ao futebol italiano, dessa vez para defender a Internazionale de Milão.
Em 2017, Felipe Melo voltou ao futebol brasileiro, para jogar pelo Palmeiras. Com o alviverde paulista, o volante conquistaria o bicampeonato da Libertadores em 2020 e 2021, além do Brasileirão de 2018, da Copa do Brasil de 2020 e do Paulistão também de 2020.
Chegou a defender a Seleção Brasileira, sendo convocado para a Copa de 2010. Após marcar um gol contra e ser expulso na eliminação do Brasil diante da Holanda, foi um dos atletas mais criticados do elenco. Ao todo, disputou 22 partidas com a amarelinha.
