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Por que o Fluminense não joga em Laranjeiras?

Em 26 de janeiro de 2003, o time principal do Fluminense jogou pela última vez no Estádio Manoel Schwartz, localizado no bairro das Laranjeiras, a sede do clube no Rio de Janeiro.

Após alguns anos deixado de lado, em 2019 o grupo Laranjeiras XXI, formado por sócios, conselheiros e torcedores do Fluminense apresentou um projeto de revitalização da sede histórica do time para a direção.

Candidato à presidência do clube naquele período, Mário Bittencourt foi um dos apoiadores do projeto. Com sua eleição consumada, a ideia de ver a casa do clube recebendo jogos oficiais começou a ganhar forma. Mas, a concretização desse sonho ainda parece distante.

E por que o Fluminense não está jogando no Manoel Schwartz?

Com mais de 100 anos de história, o estádio que serviu de casa para o Fluminense em seus primeiros dias há tempos não suporta mais a capacidade de público necessária para grandes jogos.

Em 1962, parte do estádio foi demolida para a criação e passagem da Rua Pinheiro Machado como conexão do Túnel Santa Bárbara, que acabara de ser criado para ligação mais rápida entre as zonas norte e sul do Rio de Janeiro.

Já na década de 80, o clube e o estádio foram tombados como patrimônio histórico da cidade em 3 esferas: federal, estadual e municipal, o que impediu modificações radicais em sua estética e estrutura.

De lá pra cá, pouco foi feito pela manutenção do espaço, que recebeu apenas pinturas e reparos pontuais para receber partidas de menor porte do clube oficial (até 2003), além de jogos das categorias de base, do time feminino e de eventuais shows e eventos com capacidade reduzida.

A arquibancada social do estádio faz divisa com o edifício sede histórico e, abaixo dela, o espaço é utilizado para administração interna do clube, com salas de reuniões e estações de trabalho.

O projeto de revitalização da sede em Laranjeiras e do Estádio Manoel Schwartz

Planejado desde 2017 e apresentado ao clube em 2019, o projeto Laranjeiras XXI foi encabeçado pelos sócios-torcedores e conselheiros Caíque Pereira, Diogo Bueno, Gustavo Marins, Nardo Gutlerner, Nestor Bessa, Ricardo Lafayette e Sergio Poggi.

Eles buscavam, inicialmente, uma reforma que transformasse a capacidade do Manoel Schwartz para receber 15 mil pessoas. Mas, após a eleição de Mário Bittencourt, o que foi apresentado foi um projeto com capacidade apenas para 7 mil pessoas.

Muita criticado pelos torcedores do Fluminense nas redes sociais, essa escolha da diretoria foi justificada como a mais viável e possível, visto que o local onde se planejava subir a arquibancada fica em uma área tombada pelo Inepac (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural), com vista para o Cristo Redentor.

Ainda em janeiro de 2019, o Fluminense apresentou detalhes sobre a viabilidade da revitalização do Estádio das Laranjeiras. A empresa contratada, Encopetro Engenharia Estrutural, apresentou a avaliação da segurança estrutural sobre a capacidade de público que as arquibancadas (sociais e populares) conseguiriam suportar.

Houve também consultas técnicas com o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural) para entender os detalhes do tombamento.

Após esses processos, o Fluminense foi atrás da captação de recursos para a reforma, que foi conseguido com o IDEC (Instituto para Desenvolvimento do Esporte e da Cultura), e também através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Tim.

Quando o Fluminense voltará a jogar nas Laranjeiras?

Essa é uma pergunta ainda sem resposta. Com as reformas iniciadas em 2022, já havia planos do estádio estar sendo utilizado no início desse ano de 2023. O planejamento mudou e a promessa do presidente foi para 2024. Mas, os dirigentes do clube não são otimistas com essa entrega.

A promessa é de que o time principal do Fluminense jogue de quatro a cinco partidas do Campeonato Carioca do próximo ano. Fora isso, o espaço continuará a ser utilizado pelas categorias de base e pelo time feminino. Promete-se também que o espaço seja “a melhor arena de shows do Rio de Janeiro”.

Além de sede histórica do Fluminense, o Estádio Manoel Schwartz também foi a primeira casa da seleção brasileira. Inaugurado em 1919, com 100 anos completos em 2019, a última partida oficial do clube nas Laranjeiras terminou em um jogo empatado por 3 a 3 com o Americano.

Após 20 anos dessa partida e 5 anos de espera por essa reforma, a torcida do Fluminense quer sair desse empate e voltar a ver o clube jogando em sua casa.

Guerreirinho Tricolor

O Guerreirinho é o Mascote do Fluminense. Ele surgiu em 2011, representando a equipe que é conhecida como Time de Guerreiros.
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