Ex-Dirigente do Flamengo não mede palavras sobre SAF do Fluminense
O Fluminense está avançando no projeto de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF), buscando investidores para fortalecer o clube financeiramente. A diretoria tem realizado reuniões com o banco BTG Pactual, que atua como intermediário na busca por parceiros interessados em aportar recursos no Time das Laranjeiras.
Um dos modelos estudados prevê ampla participação dos torcedores e outros interessados, que poderiam investir por meio de um fundo, tornando-se acionistas minoritários da SAF. Para avançar, os investidores precisam assinar acordos de confidencialidade e formalizar aportes financeiros, garantindo transparência e segurança no processo.
Fred Luz, ex-CEO de Flamengo e Corinthians, avaliou positivamente o modelo que o Fluminense pretende adotar, semelhante ao do Fortaleza, onde a gestão mantém o controle majoritário e os investidores são minoritários. Ele ressaltou que o sucesso depende da credibilidade da gestão perante os torcedores e investidores, que são maioria nesse perfil.
O dirigente destacou que o Fluminense tem uma relação equilibrada entre desempenho esportivo e investimento financeiro, apesar do ano difícil em 2024. Para ele, a boa gestão do clube é um ponto forte para atrair capital, mesmo reconhecendo que sempre há espaço para melhorias nos detalhes administrativos.
Além disso, Fred Luz apontou que o modelo de SAF pode atrair investidores que não necessariamente torcem pelo Fluminense, mas que veem oportunidades no futebol. A estrutura de sociedade anônima oferece maior segurança jurídica e governança, protegendo o capital aplicado e garantindo transparência nas operações.
O presidente Mário Bittencourt afirmou que o planejamento para a SAF está em andamento há dois anos, com expectativa de buscar investidores ainda em 2025, possivelmente a partir de outubro. O foco inicial será o pagamento das dívidas do clube, seguido pelo aumento dos investimentos no futebol, mantendo o controle do clube sob a gestão atual.