Na entrevista coletiva pós vitória por 3 a 0 diante do Avaí no último domingo (16), no estádio da Ressacada, o técnico Fernando Diniz desabafou sobre o momento do Fluminense e explicou a titularidade de Yago no meio de campo.
Para Diniz, o mau momento vivido pelo time aconteceu em uma semana ruim, que gerou uma insatisfação no torcedor. “Vencer sempre traz alívio, futebol é um meio que existe muita pressão e pouca racionalidade, o Fluminense em oito dias saiu de uma posição brigando por título para achar que agora estava tudo ruim. E nunca esteve tudo ruim. A gente teve Atlético-MG, Atlético-GO e o jogo contra o América-MG, então a gente oscilou em uma semana, nosso calendário é muito curto. Nos três jogos a gente conseguiu ter bons momentos, mas as derrotas trazem uma insatisfação grande por parte do torcedor, que é natural, mas todo mundo amplifica muito quando isso acontece”, disse o técnico.
O treinador comentou que no futebol brasileiro os trabalhos são colocados em cheque muito rapidamente. “É um erro nosso no futebol brasileiro, a gente coloca em xeque os nossos trabalhos, os jogadores, os treinadores, por conta de uma semana ruim. Hoje ganhamos de três a zero, a equipe jogou bem, mas tiveram erros, que eventualmente se tivéssemos sofrido os gols existiria um drama, e a gente deixaria de ver o trabalho mais uma vez. Eu entendo perfeitamente o torcedor, sou muito grato pelo que a torcida fez na minha chegada, e ele tem todo o direito de ficar indignado quando quer vencer, mas as pessoas que falam de futebol tem que ter um pouco mais de cuidado e análise das partidas”, afirmou Diniz.
Aliviado depois da vitória, Fernando Diniz admitiu que o Fluminense poderia ter vencido com um placar maior. “O futebol é assim. O Avaí poderia ter feito o gol, tiveram chances no primeiro tempo, e depois a gente perdeu três chances antes do primeiro gol. Mas a equipe estava muito sólida hoje, defensivamente, estava muito junta, sabendo a hora de fazer jogada curta, jogada longa, eu acho até que merecíamos um placar mais elástico”, disse na entrevista coletiva.
Finalizando o papo com os repórteres, Diniz comentou que o Fluminense soube controlar o ritmo do jogo. “Em relação às oscilações no jogo de hoje, eu acho que no começo do jogo a gente não estava tentando sair para não usar o jogo curto, no meio do jogo, quando eles já não sabiam se pressionavam um pouco mais ou recuavam, que a gente teve situações de poder acelerar o jogo, e tirar o time de trás. Depois que ficou três a zero a gente baixou um pouquinho, mas aí eu acho que tem uma naturalidade, até pelo placar, pelo tamanho da grama, pela chuva que deu, não que seja o que tenhamos que fazer, em uma rotação baixa, o melhor maneira de preservar ou melhor o placar é conseguir manter o ritmo até o final”, completou o treinador.
Jogador do Avaí não mede palavras e detona árbitro após derrota para o Fluminense; veja
Depois de encerrar a sequência de três derrotas contra o Avaí, na vitória por 3 a 0, o Fluminense chegou aos 54 pontos e pode sonhar em terminar o campeonato no G4.
Na entrevista em campo pós jogo, Ranielle, jogador do Avaí, fez críticas duras ao árbitro da partida, Anderson Daronco. O atleta relatou aos repórteres que o árbitro destratou e menosprezou os jogadores durante o jogo.
De acordo com o jogador, Daronco fez comentários diminuindo os jogadores da equipe de Santa Catarina. “Deixar uma menção honrosa ao Daronco. Muito “desumilde”. Fora do âmbito de jogo, ficou destratando a gente. Falando de posição [na tabela]. Quero saber o que ele tem a ver com a nossa posição? Ele é pago para apitar independentemente de quem ele vá apitar. Ah, tem um bando de Pelé, só deve estar falando jogador bom. Quero saber o que ele tem a ver com isso para ficar destratando jogador. Não é uma atitude muito profissional”, disse Ranielle.
