Na tarde da última segunda-feira, 18, o cenário esportivo nacional voltou seus olhares para um dos casos mais comentados recentemente: o julgamento do atacante Gabigol, do Flamengo, acusado de tentativa de fraude em exame antidoping.
A sessão, que durou cerca de cinco horas, não culminou em uma decisão, estendendo a expectativa para a próxima segunda-feira, quando o tribunal deverá retomar e possivelmente concluir o julgamento.
Gabigol, através de videoconferência, teve a oportunidade de prestar seu depoimento ao tribunal, que também contou com a participação de oito testemunhas. O atacante, uma das principais estrelas do Flamengo, está sendo defendido por Bichara Neto, advogado renomado que representou Paolo Guerrero em seu caso de doping em 2017.
O ponto central da acusação contra Gabigol é uma suposta conduta inadequada durante a realização do exame antidoping surpresa, conduzido pela Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) no Ninho do Urubu, no dia 8 de abril de 2023. Conforme relatos dos oficiais de coleta, o atacante teria demorado para se submeter ao exame, além de não seguir as instruções previstas, tratando a equipe responsável pelo procedimento com desrespeito e entregando o vaso coletor aberto, contrariando as orientações recebidas.
Gabigol pode ficar até quatro anos fora, como Pogba
O caso reacendeu discussões sobre a rigidez e os procedimentos dos exames antidoping no esporte, além de colocar em cheque a imagem de um dos atletas mais emblemáticos do futebol brasileiro. Gabigol, que sempre demonstrou grande talento dentro de campo, agora se vê em um desafio fora dele, aguardando a decisão da Justiça Desportiva Antidopagem que poderá ter implicações significativas em sua carreira.
Caso seja acusado, Gabigol poderá ficar fora do futebol mundial por até quatro anos. O mesmo aconteceu recentemente com Paul Pogba, suspenso pela mesma causa, após testar positivo para testosterona sintética.
