Após estrear no comando da Seleção Brasileira com uma goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia, o técnico tricolor Fernando Diniz se prepara para seu segundo compromisso com a pentacampeã, nesta terça-feira (12), contra o Peru, no Estádio Nacional de Lima.
Diniz tem chamado a atenção de analistas táticos do mundo inteiro por seu estilo de jogo vanguardista, cuja filosofia busca retomar elementos tradicionais do futebol brasileiro e dar mais liberdade posicional aos jogadores, em contraponto às escolas europeias baseadas em um jogo mais posicional.
Muitos dos atletas presentes na primeira convocação de Diniz na Seleção Brasileira elogiaram a metodologia do técnico do Fluminense e se mostraram impressionados pelas diferenças conceituais entre seu trabalho e aqueles praticados pela maioria dos técnicos do futebol europeu.
Ederson comenta diferenças e semelhanças entre Diniz e Guardiola
O goleiro Ederson, do Manchester City (Inglaterra), que foi titular na partida contra a Bolívia, é treinado pelo espanhol Pep Guardiola na equipe inglesa e agora também por Diniz na Seleção Brasileira.
Por mais que tanto Guardiola quanto Diniz tenham grande apreço pela posse de bola e por pressionar a saída de bola adversária, muitos analistas veem os técnicos como opostos ideológicos, já que Guardiola é o principal representante do jogo de posição, enquanto Diniz vem de uma escola considerada “funcional” ou “aposicional”.
Ederson foi entrevistado pelo “3 na Área” e falou sobre diferenças e semelhanças entre as metodologias de Diniz e Guardiola.
“A posse é o que tem mais próximo do jogo do Guardiola, mas as estruturas são diferentes. Aqui com o Diniz, os jogadores são muito mais móveis do que no City. Mas o trabalho aqui é muito em campo reduzido, e no City também. O aquecimento dos jogadores já começa com o bobinho com cinco e dois no meio”, comentou o goleiro.
Tanto Diniz quanto Guardiola dão grande importância a ter goleiros capazes de participar ativamente da saída de bola e de superar pressões. Ederson falou sobre o trabalho dos técnicos com seus arqueiros:
“No City, eu era muito introduzido nas posses de bola, isso faz você ter um bom passe, bom domínio e tomada de decisão em curto espaço. Acontece na seleção também, o Diniz introduz os goleiros na posse de bola, ajuda a jogar com os pés”, completou Ederson.
